Manaus voltou a ocupar um lugar central no debate nacional sobre o financiamento das cidades brasileiras. Na semana passada, sediamos um encontro da Frente Nacional de Prefeitas e Prefeitos (FNP) para discutir um tema que precisa ser enfrentado com coragem e seriedade: a injustiça fiscal que penaliza os municípios, especialmente os do Norte e do Nordeste.
O encontro teve caráter técnico e propositivo, voltado à discussão de soluções para um problema estrutural que afeta diretamente a vida das pessoas. Hoje, são os municípios que sustentam a maior parte dos serviços públicos — saúde, educação, assistência social, mobilidade, infraestrutura urbana — mas recebem a menor fatia dos recursos.
Como prefeito da maior cidade da Amazônia, sei o que isso significa na prática. Manaus cresce, demanda mais serviços, enfrenta desafios ambientais, sociais e urbanos complexos, mas continua submetida a um pacto federativo ultrapassado, que concentra recursos e transfere responsabilidades para quem está mais próximo da população.

Durante o encontro, defendemos a necessidade de corrigir essas distorções e construir um novo equilíbrio federativo, capaz de garantir autonomia financeira, previsibilidade orçamentária e capacidade real de investimento para os municípios. Justiça fiscal não é discurso. É condição básica para que prefeitos consigam governar, planejar e entregar resultados.
A Frente Nacional de Prefeitas e Prefeitos cumpre um papel fundamental ao levar esse debate ao Congresso Nacional e ao governo federal, e Manaus seguirá contribuindo de forma ativa, responsável e técnica para a construção de soluções duradouras.
Meu compromisso é com resultado, com seriedade e com a defesa dos interesses da nossa cidade e da nossa região. É assim que seguimos trabalhando: enfrentando problemas reais, com responsabilidade institucional e visão de futuro.



